Jaden e Nathan saíram da casa de banho, deparando-se com Daisy que entretanto se desencostara à parede num ápice, como se estivesse à espera daquele momento. A sua expressão mantinha-se preocupada, exatamente como há minutos atrás, pelo que Jaden adiantou:
- Eu estou bem!
- A sério, fiquei preocupada! Não é normal agires daquela forma!
- Eu sei, mas vamos tentar não falar mais disso, OK?
Sorriu e esfregou-lhe o braço gentilmente, fazendo Daisy esboçar também um sorriso doce, os seus olhos azuis a brilhar à luz do sol de outono que perfurava os vidros das janelas do corredor.
- Bem, se não se importam… eu vou buscar um…
- Iogurte? – completaram Jaden e Daisy, fazendo Nathan dar um pequeno pulinho de susto, olhando para os dois com uma expressão aterrorizada.
- Como é que vocês sabiam? COMO? Oh meu Deus, estarei a ficar lunático? Louco? – e continuou a sussurrar, horrorizado, pelo corredor, roendo as unhas e olhando para todos os lados como se tivesse medo até da própria sombra.
- Acho que alguém vai ter pesadelos esta noite… - disse Daisy, permanecendo a olhar para Nathan a andar desajeitadamente pelo corredor.
Jaden sorriu e colocou a sua mala ao ombro, enquanto Daisy se afastava, indo ter com a sua colega que a esperava impacientemente. Virou-se para trás e deparou-se com Thomas, que se encontrava a poucos centímetros de distância, olhando Jaden com o seu olhar um tanto ou quanto cobiçoso. Mas rapidamente denotou um sorriso ligeiro e cumprimentou-o graciosamente.
- Estás bem? – perguntou Thomas, olhando Jaden nos olhos. – Vi o que se passou há bocado…
- Pois… quem é que não viu? A esta hora até já deve estar na Internet – Jaden tentava evitar o olhar de Thomas a todo o custo, contemplando outros pontos daquele corredor, mas por mais que tentasse, o azul intenso dos olhos do rapaz fixavam-no incansavelmente.
Thomas sorriu ligeiramente, enquanto punha as mãos nos bolsos do seu casaco comprido e velho.
- Se isto te faz sentir melhor… eu estou do teu lado! Não tiveste culpa! Foi aquele rapaz que te… provocou. Ele não o devia ter feito.
Jaden sorriu, não conseguindo conter uma certa consideração por Thomas. Pela primeira vez sentia-se agradavelmente bem na sua presença. Este, Nathan e Daisy pareciam ser os únicos a acreditar nele. Embora os sentimentos de culpa o continuassem a atordoar, ao ouvir aquele apoio dos amigos – e de Thomas – sentiu-se ligeiramente aliviado e, de certa forma, com forças para encarar os dias seguintes que iam, com toda a certeza, ser difíceis.
Os dois rapazes encaminharam-se para o pátio da Universidade, num passo vagaroso, enquanto conversavam sobre o acontecimento daquele dia. Thomas mostrava-se inequivocamente atencioso a ouvir as palavras de Jaden, como se não houvesse mais nada à sua volta. O seu olhar quase incolor focava-se no azul-cinza de Jaden de uma forma invulgar, desconfortando-o um pouco.
- Uma vez também perdi a cabeça com um colega meu… toda a gente ficou contra mim porque ele se fez de vítima a fingir que estava coxo… até que um dia largou as muletas com uma rapidez que toda a gente se virou contra ele e me veio pedir desculpas…
Riram-se em conjunto, continuando a caminhar pelo pátio. Ao longe, Jaden avistou Nathan, a beber um iogurte aparentemente de morango, tal era o seu sorriso de satisfação como se estivesse a comer um banquete. Empunhava ainda um bloco de notas e uma caneta com uma luzinha intermitente e uma buzina que tocava cada vez que a caneta raspava o papel.
Subitamente, o olhar de Nathan prendeu-se em Jaden, que conversava com o rapaz estranho, como era agora tão vulgarmente apelidado. Desconfiado, dirigiu-se ao local onde os dois rapazes conversavam amigavelmente. Dirigiu um olhar infantilmente maldoso ao rapaz, que lhe respondeu com uma testa ligeiramente franzida. Por sua vez, Nathan cruzou teimosamente os braços sobre o peito e colocou uma expressão altiva e mandona.
- Vem falar comigo, Jaden – solicitou ele, dando um ênfase infantil à palavra “comigo”.
Embora Nathan tivesse supostamente feito um pedido, puxou-lhe a t-shirt em vez de esperar que o amigo andasse pelo seu próprio pé. Já este, exasperado, soltou a t-shirt e bufou. Já estava habituado aos exageros de Nathan, mas por vezes esquecia-se de como ele conseguia ser inoportuno.
- Porque é que estás a falar com aquele tipo? – questionou Nathan, apontando o indicador denunciante na direção do rapaz.
Jaden suspirou pela segunda vez naqueles últimos minutos. O colega conseguia ser bastante controlador, característica com a qual nunca lidara muito bem.
Já Nathan espreitava indiscretamente o estranho jovem, que esperava encostado ao muro. Parecia bastante ansioso, o pé esquerdo a raspar com impaciência a relva, como um potro em fúria. Os dedos contorciam-se incessantemente arranhando as calças de sarja bege já gastas. Apesar dos metros que os separavam, Nathan conseguia avaliar bem a sua expressão. Parecia estar em transe. Não pestanejava e mantinha a cara tão imóvel como um bloco de cimento.
- O que é que tu tens contra ele? Ele até é simpático depois de o conhecermos…
- E vais-me dizer que o conseguiste conhecer num espaço de minutos? – indagou Nathan, com o pé a bater no chão constantemente.
- Olha ele está-me a apoiar! Ele é o único que me apoia nesta situação… para além de ti e da Daisy! – proferiu Jaden, impacientemente, ao reparar na cara chocada de Nathan. – Eu já vou ter contigo! Deixa-me só despedir-me do Thomas…
- Ah, é assim que ele se chama! Um nome vulgar para disfarçar a sua faceta maléfica! Eu bem conheço esses vilões dos filmes, infiltram-se na juventude e depois vem-se a descobrir que são velhos de 50 anos! Pois… eu sei muito bem como é!
- Eu estou bem!
- A sério, fiquei preocupada! Não é normal agires daquela forma!
- Eu sei, mas vamos tentar não falar mais disso, OK?
Sorriu e esfregou-lhe o braço gentilmente, fazendo Daisy esboçar também um sorriso doce, os seus olhos azuis a brilhar à luz do sol de outono que perfurava os vidros das janelas do corredor.
- Bem, se não se importam… eu vou buscar um…
- Iogurte? – completaram Jaden e Daisy, fazendo Nathan dar um pequeno pulinho de susto, olhando para os dois com uma expressão aterrorizada.
- Como é que vocês sabiam? COMO? Oh meu Deus, estarei a ficar lunático? Louco? – e continuou a sussurrar, horrorizado, pelo corredor, roendo as unhas e olhando para todos os lados como se tivesse medo até da própria sombra.
- Acho que alguém vai ter pesadelos esta noite… - disse Daisy, permanecendo a olhar para Nathan a andar desajeitadamente pelo corredor.
Jaden sorriu e colocou a sua mala ao ombro, enquanto Daisy se afastava, indo ter com a sua colega que a esperava impacientemente. Virou-se para trás e deparou-se com Thomas, que se encontrava a poucos centímetros de distância, olhando Jaden com o seu olhar um tanto ou quanto cobiçoso. Mas rapidamente denotou um sorriso ligeiro e cumprimentou-o graciosamente.
- Estás bem? – perguntou Thomas, olhando Jaden nos olhos. – Vi o que se passou há bocado…
- Pois… quem é que não viu? A esta hora até já deve estar na Internet – Jaden tentava evitar o olhar de Thomas a todo o custo, contemplando outros pontos daquele corredor, mas por mais que tentasse, o azul intenso dos olhos do rapaz fixavam-no incansavelmente.
Thomas sorriu ligeiramente, enquanto punha as mãos nos bolsos do seu casaco comprido e velho.
- Se isto te faz sentir melhor… eu estou do teu lado! Não tiveste culpa! Foi aquele rapaz que te… provocou. Ele não o devia ter feito.
Jaden sorriu, não conseguindo conter uma certa consideração por Thomas. Pela primeira vez sentia-se agradavelmente bem na sua presença. Este, Nathan e Daisy pareciam ser os únicos a acreditar nele. Embora os sentimentos de culpa o continuassem a atordoar, ao ouvir aquele apoio dos amigos – e de Thomas – sentiu-se ligeiramente aliviado e, de certa forma, com forças para encarar os dias seguintes que iam, com toda a certeza, ser difíceis.
Os dois rapazes encaminharam-se para o pátio da Universidade, num passo vagaroso, enquanto conversavam sobre o acontecimento daquele dia. Thomas mostrava-se inequivocamente atencioso a ouvir as palavras de Jaden, como se não houvesse mais nada à sua volta. O seu olhar quase incolor focava-se no azul-cinza de Jaden de uma forma invulgar, desconfortando-o um pouco.
- Uma vez também perdi a cabeça com um colega meu… toda a gente ficou contra mim porque ele se fez de vítima a fingir que estava coxo… até que um dia largou as muletas com uma rapidez que toda a gente se virou contra ele e me veio pedir desculpas…
Riram-se em conjunto, continuando a caminhar pelo pátio. Ao longe, Jaden avistou Nathan, a beber um iogurte aparentemente de morango, tal era o seu sorriso de satisfação como se estivesse a comer um banquete. Empunhava ainda um bloco de notas e uma caneta com uma luzinha intermitente e uma buzina que tocava cada vez que a caneta raspava o papel.
Subitamente, o olhar de Nathan prendeu-se em Jaden, que conversava com o rapaz estranho, como era agora tão vulgarmente apelidado. Desconfiado, dirigiu-se ao local onde os dois rapazes conversavam amigavelmente. Dirigiu um olhar infantilmente maldoso ao rapaz, que lhe respondeu com uma testa ligeiramente franzida. Por sua vez, Nathan cruzou teimosamente os braços sobre o peito e colocou uma expressão altiva e mandona.
- Vem falar comigo, Jaden – solicitou ele, dando um ênfase infantil à palavra “comigo”.
Embora Nathan tivesse supostamente feito um pedido, puxou-lhe a t-shirt em vez de esperar que o amigo andasse pelo seu próprio pé. Já este, exasperado, soltou a t-shirt e bufou. Já estava habituado aos exageros de Nathan, mas por vezes esquecia-se de como ele conseguia ser inoportuno.
- Porque é que estás a falar com aquele tipo? – questionou Nathan, apontando o indicador denunciante na direção do rapaz.
Jaden suspirou pela segunda vez naqueles últimos minutos. O colega conseguia ser bastante controlador, característica com a qual nunca lidara muito bem.
Já Nathan espreitava indiscretamente o estranho jovem, que esperava encostado ao muro. Parecia bastante ansioso, o pé esquerdo a raspar com impaciência a relva, como um potro em fúria. Os dedos contorciam-se incessantemente arranhando as calças de sarja bege já gastas. Apesar dos metros que os separavam, Nathan conseguia avaliar bem a sua expressão. Parecia estar em transe. Não pestanejava e mantinha a cara tão imóvel como um bloco de cimento.
- O que é que tu tens contra ele? Ele até é simpático depois de o conhecermos…
- E vais-me dizer que o conseguiste conhecer num espaço de minutos? – indagou Nathan, com o pé a bater no chão constantemente.
- Olha ele está-me a apoiar! Ele é o único que me apoia nesta situação… para além de ti e da Daisy! – proferiu Jaden, impacientemente, ao reparar na cara chocada de Nathan. – Eu já vou ter contigo! Deixa-me só despedir-me do Thomas…
- Ah, é assim que ele se chama! Um nome vulgar para disfarçar a sua faceta maléfica! Eu bem conheço esses vilões dos filmes, infiltram-se na juventude e depois vem-se a descobrir que são velhos de 50 anos! Pois… eu sei muito bem como é!
5 comentários:
OMG! O Nathan está a ser um bocadinho lunático, não? Tipo, que mal tem o Jaden falar com o rapaz?
Enfim, maluquices xD
Como sempre *volta a repetir* PERFEITO!
OMG! AMEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEIIII! O.O
Continua, plzz! :D
Deus! Nem eu confiava no Thomas! Nota-se mesmo que não é boa pessoa! pelo menos é o que parece e adoro quando os escritores nos baralham a cabeça e o que acreditavamos fica de pernas para o ar! ADOREI! Perfeito!
Espero ansiosamente pelos seguintes a ver onde isto vai dar! :D :P
lol, parece que o iogurte subiu à cabeço do Nathan, não. Agora não se pode falar queres ver.
;)
omg... porque e que o melhor acontece quando eu tou fora!!! desculpa nao ter comentado nestes ultimos capitulos dan, mas tu sabes, o algarve e tal... MIL DESCULPAS!
A luta, os brilhantes nas maos do jaden! OMG e depois esta coisa do Thomas! Ele so pode ser o anon disfarçado so pode so pode so pode (ou nao pode? agora tou confundida!) E ele anda demasiado simpatico ulitmamente *coça o queixo* suspeitooooooo
Oh nathan nao fiques com inveja... xD Tas sempre a beber esse iogurtes, ainda por cima es alergico, depois ficas todo lunatico! Tao fofinho!
Ai cada vez tou mais apaixonada pela forma como escreves! Tantos pormenores, deixa a historia tao rica e tao... sei la... natural! Ta demais!
E as imagens! O jeito como editas as fotos!
E a nova musica *.*omg apaixonei-me *.* tens sempre optima banda sonora, 5 estrelas!
por outras palavras tou a amar a serie!!!
Adorei, mas fogo o Nathan e mesmo dramático, mas por outro lado tem razão eu acho que o Thomas não e flor que se cheire ele deve ter segundas intenções para com o Nathan, mas eu cá estou para ver :D
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