A manhã começou fresca, e o sol pálido que espreitava por entre as nuvens viera aumentar as temperaturas que se mostravam tendencialmente baixas, facto que dava nitidamente a entender que o calor tinha cessado finalmente, dando lugar a um sol de outono sombrio e ígneo.
Jaden chegou à universidade extremamente arrependido por não ter trazido um casaco. A tremer de frio, encenou uma corridinha até ao edifício, apanhando desprevenida uma rapariga mulata que deixou consequentemente cair ao chão um dossier e o jornal diário. Após um pedido de desculpas bastante conturbado, Jaden viu-se novamente obrigado a parar, quando um grupo de professores passou por si. Um deles, um homem calvo e antipático, agitava com veemência um jornal. Assim que Jaden ultrapassou as enormes portas de entrada respirou de alívio. Lentamente, a sua pele voltava ao normal e a sua cara adquiria de novo a tez rosada e vigorosa. Perturbando-lhe o sossego, um bando de raparigas finalistas surgiu, empunhando também alguns jornais. Gesticulavam histericamente entre elas e, em cada um dos seus rostos, via-se uma inquietude que Jaden não se lembrava de notar em dias anteriores. Na sua mente impunha-se uma única questão: Porque raio todos tinham comprado o jornal?
À medida que caminhava pelo corredor da entrada, ia reparando na quantidade crescente de pessoas que empunhavam um jornal. Uns abertos, outros fechados, mas onde toda a gente se concentrava maioritariamente, era na primeira página. Uns sussurravam com amigos denotando uma expressão receosa, outros apenas liam a primeira página com os olhos arregalados e havia pessoas que até faziam tentativas vãs de procurar mais informações dentro do jornal.
No meio daquele mar de gente (e de jornais), Jaden avistou Nathan. Tal como ele, aparentava uma expressão atónita, e não segurava nenhum jornal. Parecia tão confuso como Jaden.
- Sabes porque é que está toda a gente com um jornal na mão?
- Sei lá eu… também gostava de saber… - respondeu Nathan, os seus olhos castanhos a olharem para o teto.
Durante toda a manhã, os jornais foram desaparecendo progressivamente, mas os comentários e os sussurros continuavam a fazer-se ouvir, o que começava a irritar-lhe solenemente.
Enquanto estava a caminho do refeitório para almoçar com Nathan, Jaden avistou, ao longe, o rapaz estranho e de olhar ausente. Estava parado no meio da multidão, estático, com o seu casaco comprido a flutuar e os seus olhos rasgados a apontar para o chão.
- Então? Vamos! – exclamou Nathan, pegando no braço de Jaden, qual criança a puxar os pais para um parque infantil.
Quando finalmente foram atendidos e conseguiram perfurar a multidão que cercava o bar do refeitório, viram Daisy a comer o seu almoço habitualmente leve e sem calorias. Ao lado do seu tabuleiro, encontrava-se um jornal dobrado ao meio, pelo que Jaden revirou os olhos e se sentou abruptamente na cadeira em frente a ela, e perguntou, irritado:
- Também tu?
- Também eu o quê? – indagou Daisy, perplexa com a cólera de Jaden, enquanto limpava a sua boca a um guardanapo.
- Isso! O jornal? Porque é que anda toda a gente com um na mão, hoje?
- Vocês não sabem? – perguntou Daisy, olhando ora para Jaden ora para Nathan, ambos com uma expressão iletrada.
Abriu o jornal e virou-o para os dois rapazes, obrigando estes a empoleirarem-se ligeiramente sobre a mesa. Na primeira página, havia uma imagem a preto e branco de um quintal de um subúrbio, com vedações impostas pela polícia judiciária e com jornalistas a rodearem aquela área. Por cima da imagem, com letras grandes e negras, encontrava-se o título: “HOMICÍDIO EM COAST CITY”.
- Um homicídio? – repetiu Jaden, olhando para Daisy com uma expressão ainda mais incrédula que a que aparentava antes de ler aquela notícia.
- Sim – respondeu Daisy, quase num sussurro. – Dizem que foi bizarro! O corpo foi encontrado completamente mutilado!
- Tipo os filmes de terror? – perguntou Nathan, com os olhos esbugalhados.
- Sim, Nathan… como… nos filmes de terror. A polícia mantém os detalhes reservados, mas o óbvio já nós sabemos: esta morte não foi, de todo, um acidente, ou um suicídio! O estado do corpo era crítico, e segundo as autopsias, o rapaz era muito novo! Tinha 16 anos!
A voz de Daisy tremeu ligeiramente quando disse a idade da vítima daquele homicídio. Era evidente que se mostrava perturbada com aquela notícia. Até Jaden se incomodava com a ideia de ter havido uma morte tão bizarra como aquela na sua própria cidade. Pelo contrário, Nathan permanecia a ler o resto das notícias, com um ar descontraído, a assobiar alegremente.
- O que é que achas disto, Nathan? – perguntou Jaden, reparando na sua descontração.
- Huh? Eu? Bem… é como eu digo, parece mesmo daqueles filmes de terror! – Daisy suspirou ao ouvir Nathan, revirando os olhos – Isto deve ter sido obra de algum assassino de massa! Ou então o rapaz tinha muitos inimigos, e cada um deles deixou-lhe uma marca!
Ouviu-se um riso infantil e agudo por parte de Nathan, enquanto ocultava novamente a cara por detrás das folhas do jornal, deixando ver a primeira página com a foto pouco perceptível e desfocada.
Jaden chegou à universidade extremamente arrependido por não ter trazido um casaco. A tremer de frio, encenou uma corridinha até ao edifício, apanhando desprevenida uma rapariga mulata que deixou consequentemente cair ao chão um dossier e o jornal diário. Após um pedido de desculpas bastante conturbado, Jaden viu-se novamente obrigado a parar, quando um grupo de professores passou por si. Um deles, um homem calvo e antipático, agitava com veemência um jornal. Assim que Jaden ultrapassou as enormes portas de entrada respirou de alívio. Lentamente, a sua pele voltava ao normal e a sua cara adquiria de novo a tez rosada e vigorosa. Perturbando-lhe o sossego, um bando de raparigas finalistas surgiu, empunhando também alguns jornais. Gesticulavam histericamente entre elas e, em cada um dos seus rostos, via-se uma inquietude que Jaden não se lembrava de notar em dias anteriores. Na sua mente impunha-se uma única questão: Porque raio todos tinham comprado o jornal?
À medida que caminhava pelo corredor da entrada, ia reparando na quantidade crescente de pessoas que empunhavam um jornal. Uns abertos, outros fechados, mas onde toda a gente se concentrava maioritariamente, era na primeira página. Uns sussurravam com amigos denotando uma expressão receosa, outros apenas liam a primeira página com os olhos arregalados e havia pessoas que até faziam tentativas vãs de procurar mais informações dentro do jornal.
No meio daquele mar de gente (e de jornais), Jaden avistou Nathan. Tal como ele, aparentava uma expressão atónita, e não segurava nenhum jornal. Parecia tão confuso como Jaden.
- Sabes porque é que está toda a gente com um jornal na mão?
- Sei lá eu… também gostava de saber… - respondeu Nathan, os seus olhos castanhos a olharem para o teto.
Durante toda a manhã, os jornais foram desaparecendo progressivamente, mas os comentários e os sussurros continuavam a fazer-se ouvir, o que começava a irritar-lhe solenemente.
Enquanto estava a caminho do refeitório para almoçar com Nathan, Jaden avistou, ao longe, o rapaz estranho e de olhar ausente. Estava parado no meio da multidão, estático, com o seu casaco comprido a flutuar e os seus olhos rasgados a apontar para o chão.
- Então? Vamos! – exclamou Nathan, pegando no braço de Jaden, qual criança a puxar os pais para um parque infantil.
Quando finalmente foram atendidos e conseguiram perfurar a multidão que cercava o bar do refeitório, viram Daisy a comer o seu almoço habitualmente leve e sem calorias. Ao lado do seu tabuleiro, encontrava-se um jornal dobrado ao meio, pelo que Jaden revirou os olhos e se sentou abruptamente na cadeira em frente a ela, e perguntou, irritado:
- Também tu?
- Também eu o quê? – indagou Daisy, perplexa com a cólera de Jaden, enquanto limpava a sua boca a um guardanapo.
- Isso! O jornal? Porque é que anda toda a gente com um na mão, hoje?
- Vocês não sabem? – perguntou Daisy, olhando ora para Jaden ora para Nathan, ambos com uma expressão iletrada.
Abriu o jornal e virou-o para os dois rapazes, obrigando estes a empoleirarem-se ligeiramente sobre a mesa. Na primeira página, havia uma imagem a preto e branco de um quintal de um subúrbio, com vedações impostas pela polícia judiciária e com jornalistas a rodearem aquela área. Por cima da imagem, com letras grandes e negras, encontrava-se o título: “HOMICÍDIO EM COAST CITY”.
- Um homicídio? – repetiu Jaden, olhando para Daisy com uma expressão ainda mais incrédula que a que aparentava antes de ler aquela notícia.
- Sim – respondeu Daisy, quase num sussurro. – Dizem que foi bizarro! O corpo foi encontrado completamente mutilado!
- Tipo os filmes de terror? – perguntou Nathan, com os olhos esbugalhados.
- Sim, Nathan… como… nos filmes de terror. A polícia mantém os detalhes reservados, mas o óbvio já nós sabemos: esta morte não foi, de todo, um acidente, ou um suicídio! O estado do corpo era crítico, e segundo as autopsias, o rapaz era muito novo! Tinha 16 anos!
A voz de Daisy tremeu ligeiramente quando disse a idade da vítima daquele homicídio. Era evidente que se mostrava perturbada com aquela notícia. Até Jaden se incomodava com a ideia de ter havido uma morte tão bizarra como aquela na sua própria cidade. Pelo contrário, Nathan permanecia a ler o resto das notícias, com um ar descontraído, a assobiar alegremente.
- O que é que achas disto, Nathan? – perguntou Jaden, reparando na sua descontração.
- Huh? Eu? Bem… é como eu digo, parece mesmo daqueles filmes de terror! – Daisy suspirou ao ouvir Nathan, revirando os olhos – Isto deve ter sido obra de algum assassino de massa! Ou então o rapaz tinha muitos inimigos, e cada um deles deixou-lhe uma marca!
Ouviu-se um riso infantil e agudo por parte de Nathan, enquanto ocultava novamente a cara por detrás das folhas do jornal, deixando ver a primeira página com a foto pouco perceptível e desfocada.
“Homicídio em Coast City”
“Polícia Judiciária mantém reportórios muito reservados”
“Polícia Judiciária mantém reportórios muito reservados”
5 comentários:
HAHAHAAHA! xd se se resumisse a filmes de terror meu deus... sempre que houvesse um hahah! Adorei a maneira de pensar das tuas personagens! Muito mas muito bom:D Espero por mais para ver se a PJ re
OMG , já se estão a armar em cuscos e ainda vai dar pro torto... e porque raio apareceu ali aquela coisinha loira super linda ? :3 Ok , ele veio buscar o Jaden ! *-*
ESTÁ LINDO , AMEI , QUERO MAIS , POSTA RAPIDO ! Eu vou tentar esperar ansiosamente pelo proximo capitulo ... o.O
LINDO! AMAAAZZZZZZZZZZZZZZZIIIIIIIIIIIIIINNNG! O.O
A sério, o Nathan é tão estúpidamente estúpido! Tipo, houve um homicídio e ele ali, todo feliz da vida, a elr as outras notícias, numa descontracção extraordinária! O.O
Omg, a sério, que cromo hahahaha
E o episódio (tal como todos os outros) está fantástico :D
NATHAN! Opa, amo-te!!! Personagem preferida sem duvida! filmes de terror... hahahahaahahha
Mesmo assim chega a ser bizarro... Mutilado? E não há mais descrições? *CURIOSISSIMA*
Esse ANONimo vai falar ou fica calado? FAla criatura linda!
CONTINUAAAAA!!!
Adoooorei!!
Este homicídio e mesmo misterioso, vai-me deixar a pensar, embora quase que já tenho a certeza que já sei quem foi... Mas vamos ver.
Postar um comentário